sexta-feira, 15 de junho de 2012
Como estão os hábitos de vida dos brasileiros?
Esse primeiro post é sobre alguns resultados relevantes da pesquisa Vigitel, que é uma pesquisa que investiga os fatores de risco e proteção para doenças crônicas, realizada durante o ano de 2011 em todas as capitais do Brasil e também no Distrito Federal.
E o que esta pesquisa mostrou?
Tabagismo: a frequência de adultos fumantes nas capitais brasileiras foi de 14,8%, com uma frequência maior entre os homens (18,1%) do que nas mulheres (12%), sendo que a frequência de fumantes em Florianópolis foi de 14,3%, ou seja, ligeiramente menor que a média das capitais brasileiras.
Excesso de peso: a frequência de excesso de peso nas cidades avaliadas foi de 48,5%, isso mesmo, quase metade das pessoas que participaram da pesquisa estão com o IMC (índice de massa corporal) igual ou acima de 25 kg/m2. Além disso, a frequência foi maior entre os homens (52,6%) do que entre as mulheres (44,7%). Outro dado que chamou a atenção foi que quando relacionada com a escolaridade, nos homens com alta escolaridade, a frequência para o excesso de peso foi quase o dobro quando comparado com mulheres com alta escolaridade, possivelmente mostrando que as mulheres se preocupam mais com a sua saúde e peso corporal.
Obesidade: a frequência para obesidade nas cidades avaliadas foi de 15,8%, e dessa forma somando-se os valores de excesso de peso e obesidade, observa-se que quase 2/3 da população está acima do peso considerado saudável para sua altura e idade.
Padrão de consumo alimentar
Consumo regular de frutas e hortaliças: a frequência do consumo regular de frutas e hortaliças variou de 19,4% em Macapá até 39,1% em Florianópolis, sendo que entre as mulheres na nossa capital esse percentual passou para 49,9% das entrevistadas. A média entre os adultos de todas as cidades avaliadas foi de 30,9%, ou seja, apenas 1/3 dos brasileiros tem o hábito de comer frutas e hortaliças pelo menos 5 ou mais dias por semana, haja vista que a Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo seja de 400 g por dia destes alimentos.
Consumo de refrigerantes: o consumo de refrigerantes e sucos artificiais em pelo menos 1 vez por semana foi referido por 80% dos entrevistados, ou seja um percentual considerado muito elevado. Com relação ao consumo mais frequente (pelo menos 5 dias da semana) a frequência variou de 11,5% em Natal até 42,5% em Porto Alegre. A frequência em Florianópolis foi de 29,1%.
Consumo regular de feijão: no conjunto da população adulta das 27 cidades estudadas, a frequência do consumo regular (pelo menos 5 dias na semana) de feijão foi de 69,1%, sendo maior entre homens (75,4%) do que entre mulheres (63,8%), mostrando mais uma vez que o feijão ainda é uma comida tipicamente brasileira e que continua fazendo parte do hábito alimentar dos brasileiros.
Atividade Física: a frequência da prática de pelo menos 150 minutos semanais de atividade física de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa variou entre 26,3% em Porto Velho e 41,4% em Florianópolis, mostrando mais uma vez que a nossa capital está de parabéns no quesito atividade física e em busca por uma vida mais saudável. A frequência média nas cidades brasileiras avaliadas foi de 30,3%.
E o que vocês, leitores, acharam destes resultados?
Até o próximo post,
Bruna Corrêa =)
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Observa-se claramente uma "correlação" dos habitos ditos saudáveis com digamos a "qualidade" educacional da capital! Fiquei contente de seguir parte dos questios avaliados (nao tomar refrigerante e comer feijao hehe)fiquei devendo na atividade fisica!!
ResponderExcluirEstávamos discutindo sobre esse estudo semana passada... Existe um estudo nos EUA que comparou as respostas pelo telefone e as respondidas pessoalmente e, com relação a peso e altura, as pessoas geralmente diminuem 1kg e aumentam 1cm na resposta telefônica. O que pioraria os dados de excesso de peso ainda mais.
ResponderExcluirPercebemos, ainda, que a maioria das doenças crônicas têm o tratamento dificultado pois, além de medicamentos, é necessário educar o paciente. E essa educação nem sempre é abordada em consultas.
Parabéns pelo blog, é uma maneira bastante interessante para promover essa educação e tirar dúvidas. Conte comigo para o que precisares.
Beijos
Karoline Bunn Borba
Obrigada karol!
ResponderExcluirEntão é pior do que a gente pensa mesmo se as pessoas subestimam os dados na hora de responder as perguntas. E não tem jeito, tem que sempre haver um tratamento multidisciplinar, com a melhora dos hábitos alimentares, atividade física e medicamentos quando se faz necessário. =)